São João da Madeira voltou a transformar-se num palco vibrante de movimento e expressão artística com o arranque da 6.ª edição do evento “A Cidade Dança”, que decorreu até domingo, 4 de maio. A iniciativa assinalou o Dia Mundial da Dança e é promovida pela Câmara Municipal, em parceria com a associação cultural Play False, com curadoria da coreógrafa e bailarina São Castro.
Com uma programação que percorre fábricas, ruas, jardins e as salas de espetáculo da cidade, o evento reafirma o compromisso da cidade com a arte, a cultura e a participação comunitária, aproximando a dança de públicos diversos e contextos inesperados. Entre os destaques está a atividade “Dança nas Fábricas”, integrada no programa do Turismo Industrial de São João da Madeira, que levou a dança contemporânea ao chão de fábrica, estabelecendo pontes entre criação artística e património industrial.
“Este evento tem promovido um crescente impacto da dança junto do público, reforçando o trabalho das associações e instituições locais que se dedicam a esta expressão artística. A dança está nas praças, nos auditórios e também nas fábricas – um símbolo da identidade sanjoanense”, afirmou o Presidente da Câmara Municipal, Jorge Vultos Sequeira.
A edição deste ano apresentou uma programação diversificada, que cruzou gerações e linguagens. Espetáculos com nomes consagrados, como Clara Andermatt e Marta Cerqueira, convivem com criações de jovens talentos, como Miguel Ramalho – que orienta também uma masterclass – e Miguel Esteves. A par disso, o programa inclui uma conversa com Henrique Amoedo, diretor da companhia “Dançando com a Diferença”, após a exibição do filme Super Natural.
A curadora São Castro sublinha que “A Cidade Dança” pretende “reafirmar o papel da arte como motor de encontro, partilha e transformação”, destacando a importância das ações em ambiente industrial e urbano:
“Iniciativas como a ‘Dança nas Fábricas’ e a ‘Dança pela Cidade’ aproximam a dança das pessoas e dos seus contextos, promovendo uma relação sensível e participativa com o corpo, o espaço e a criação artística.”
O evento reforça ainda a ligação com projetos municipais, como o Turismo Industrial, o Cine São João ou o Centro de Arte Oliva, contribuindo para uma dinâmica cultural sustentável e ancorada nos recursos locais.